sábado, 26 de dezembro de 2009

Uma capela nas montanhas




A estrada corre sinuosa, pelos meandros dos montes de Ozark, perto de Eureka Springs, no Arkansas.


Uma pequena placa indica-nos o local.


Subimos por uma íngreme pequena estrada e chegamos ao parque.


Ao fundo desse parque está a capela. E a respiração se corta com a ousadia arquitectónica. Estamos frente à Thorncrown Chapel (Capela da Coroa de Espinhos).


Por entre os ramos das árvores, despidos pelos frios do Outono, antevemos a paisagem soberba de Ozark. Aqui, tudo é paz e beleza.


Foi esta paz e beleza que levou o professor Jim Reed a comprar, em 1971, aquele terreno para construir a casa onde pensava viver depois de aposentado. A localização do terreno, por sua vez, motivava os viajantes a entrar por ali adentro para admirar as vistas desde aí. Com a afabilidade própria dos habitantes do Midlewest, Jim Reed em vez de lhes proibir o passo, os convidava a entrar. E, um dia, enquanto subia a colina, surgiu-lhe a ideia de construir aí uma capela de paredes de vidro, local de meditação e de pacífica inspiração.


Um sonho que começou a ganhar forma, quando Jim Reed encontrou-se com Fay Jones, arquitecto e professor na Universidade de Arkansas, em Fayetteville que, para surpresa de Jim, prontamente aceitou a proposta de desenhar a capela.

A 23 de Março de 1979 foi lançada a primeira pedra, mas quando o projecto estava a meio, adveio uma grave crise com os fundos disponíveis a esgotarem-se e sem se conseguirem novos financiamentos.

Foi quando Jim, já convencido do falhanço do projecto, ao visitar, no que pensava ser a última vez, o local, foi tocado por uma centelha divina, qual profeta do Antigo Testamento e caindo de joelhos no solo da futura capela, rezou seriamente, compreendo, segundo as suas palavras, como a adversidade por que estava a passar lhe dava a humildade de estar de joelhos e de joelhos orar. E dias depois, o empréstimo de uma senhora de Illinois, permitiu a Jim terminar a capela, que foi inaugurada a 10 de Julho de 1980. Desde daí já teve 5 milhões de visitantes.

Olhar esta construção de quase 15 metros de altura, de ferro, pedra e lajes da região e com grandes paredes de vidro, numa área de quase 600 metros quadrados, é admirar uma impressionante jóia da moderna arquitectura, onde a obra humana se interliga com a obra da Natureza.


Desde o seu interior, toda a estrutura adquire leveza, criando um ambiente convidativo à meditação, a deixar o espírito viajar livremente pelos seus insondáveis caminhos…


Não admira, pois, que a construção tenha ganho, logo em 1981, o prémio anual do American Institute of Architectures's Design(AIA) e o prémio da década do mesmo Instituto, bem como tenha sido colocada em quatro lugar na lista dos mais belos edifícios do Século XX do AIA.


"A historia real de Thorncrown Chapel é que todos nós temos uma 'capela' nas nossas vidas. Os degraus para construir o nosso sonho estavam bem definidos - tivemos de submeter a nossa vontade a Deus através de Cristo, e então tivemos o nosso 'sonho'. Estamos completamente convencidos que é um sonho de Deus e o plano para nós trabalharmos, trabalharmos, trabalharmos e capaz de se tornar verdadeiro", dizem, no folheto de divulgação, os responsáveis pela capela nas colinas de Ozark.


Olhando esta capela, sinto-a como um incentivo do que podemos fazer nas nossas vidas, de cumprir os nossos sonhos. Sem dúvida, um local de paz e inspiração…


1 comentário:

  1. A Capela de Thorncrown arrebatou o título à Igreja de Pichucalco:

    REFORMA

    (26-Dic-2009).-

    Inicia demolición de iglesia 'más fea del mundo'

    REFORMA

    (26-Dic-2009).-
    SAN CRISTÓBAL DE LAS CASAS, Chis.- Pese al descontento de fieles católicos y empresarios turísticos, comenzó la demolición de la llamada iglesia "más fea del mundo", en la cabecera del municipio de Pichucalco.
    Cerrado al público desde el pasado 5 de noviembre, el templo de Santo Domingo de Guzmán empezó a ser destruido por personal de la Secretaría de Infraestructura, según confirmó el Alcalde Santiago Herrera.
    "Fue una decisión que se tomó conjuntamente con el Gobierno del estado y el Arzobispado de Chiapas, dado que además de lo feo de su arquitectura, la iglesia tenía fallas en su infraestructura.
    "Pero así como se irá demoliendo, también se irá construyendo un nuevo templo en honor al santo patrono", explicó el munícipe en entrevista.
    En su edición del pasado 23 de noviembre, REFORMA dio a conocer que pobladores y empresarios de Pichucalco pidieron no demoler ese templo católico, edificado a principios de 1950, sino promoverlo como sitio turístico, precisamente por ser el "más feo".
    La denominación comenzó a difundirse entre los lugareños tras la visita de periodistas de National Geographic que estuvieron en Pichucalco para realizar un reportaje sobre la erupción del volcán Chichonal.
    Los trabajos iniciales consisten en el desmantelamiento de muebles sanitarios, puertas y ventanas metálicas, caballetes de lámina galvanizada, cristales, tuberías de aguas y drenaje.
    Asimismo, de las estructuras de madera, techumbre y remoción de las láminas de asbesto, las esculturas de la torres, campana de bronce, luminarias, retiro de postes de concreto, demolición de cimientos y muros de piedra.
    Además de los muros de tabique, cadenas y castillos, lozas de concreto en estructuras. Luego iniciará el acarreo general de los materiales, todo lo anterior con una inversión superior de un millón 461 mil 864 pesos con 41 centavos.
    Los trabajos de demolición están a cargo de la constructora Goli S.A. de C.V., y se concretarán en los primeros días de enero.

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