quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Referendo para tudo ou só para o que interessa. A hipocrisia dos partidos

Considero-me de esquerda, mas não deixo de ser crítico às contradições dessa mesma esquerda. A questão de se referendar ou não o casamento homossexual, tem prendido as atenções, com os partidos de direita a defender o referendo e os de esquerda a renegá-lo. Independentemente do que está para ser referendado, as duas atitudes me levam a uma reflexão: se a esquerda portuguesa se reclama defensora da democracia (governo decidido por uma maioria) e em muitos casos defende a democracia directa, como a expressão mais completa da escolha dos cidadãos, tenho dificuldade em entender esta posição, particularmente do BE, em relação a um referendo sobre o casamento homossexual. De que se tem medo? Afinal, que voz é dada aos cidadãos? Ou apenas interessa a voz dos cidadãos para eleger privilegiados que franqueiam esse oásis dourado de mordomias, que se chama parlamento? Perguntas concretas a que gostaria de ter respostas concretas.

2 comentários:

  1. Caro João
    Nunca terás respostas concretas por parte daqueles que mencionaste, mas por favor aceita a minha opinião.
    Por princípio sou contra qualquer tipo de governo, governantes, etc, etc.
    Os poucos referendos que se fizeram neste país tiveram a meu ver uma fraca participação. As últimas eleições legislativas e não só, ficaram também muito além do previsto.
    Lembro no entanto o 1º referendo sobre o aborto em que o não ganhou. Passados dois anos fez-se novo referendo e desta vez ganhou o sim.
    A minha pergunta foi a seguinte: haverá um 3º referendo?
    A questão é a seguinte: quantos referendos será preciso fazer para ganhar a lei que os políticos já "cozinharam" e querem que vença.
    Outro exemplo foram os referendos prometidos e não cumpridos ou aqueles que se fizeram em alguns países sobre o tão falado "tratado de Lisboa".
    Estarão os governos, os partidos, a sociedade em si preparados para aceitarem o resultado do 1º referendo?

    Abração grande

    Paulo

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