quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Referendo para tudo ou só para o que interessa. A hipocrisia dos partidos

Considero-me de esquerda, mas não deixo de ser crítico às contradições dessa mesma esquerda. A questão de se referendar ou não o casamento homossexual, tem prendido as atenções, com os partidos de direita a defender o referendo e os de esquerda a renegá-lo. Independentemente do que está para ser referendado, as duas atitudes me levam a uma reflexão: se a esquerda portuguesa se reclama defensora da democracia (governo decidido por uma maioria) e em muitos casos defende a democracia directa, como a expressão mais completa da escolha dos cidadãos, tenho dificuldade em entender esta posição, particularmente do BE, em relação a um referendo sobre o casamento homossexual. De que se tem medo? Afinal, que voz é dada aos cidadãos? Ou apenas interessa a voz dos cidadãos para eleger privilegiados que franqueiam esse oásis dourado de mordomias, que se chama parlamento? Perguntas concretas a que gostaria de ter respostas concretas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Mais igrejas que bares...


Vernon AME Church


First Presbyterian Church. Exterior

First Presbyterian Church. Interior


The Boston Avenue Church - United Methodist Episcopal Church. Exterior.


The Boston Avenue Church - United Methodist Episcopal Church. Interior.






First Christian Church



Christian Cientist Church



Holy Family Church - Catedral católica. Exterior.

Holy Family Church - Catedral católica. Interior.



Tulsa tem mais igrejas que bares, costumo dizer e, possivelmente, não andarei muito longe da realidade.

Não sei ao certo quantas igrejas a cidade tem.

Não só os templos pertencentes às grandes igrejas, sejam baptistas, luterana, católica, episcopal, ortodoxo, etc, mas todo um vasto conjunto de pequenas igrejas evangélicas mas que se proclama de carismáticas independentes.

O que talvez não seja para admirar, já que Tulsa é a capital do Bible Belt, esta cintura de cristãos evangélicos do Midlewest e Sudeast dos Estados Unidos.

Na última edição do jornal "Tulsa World", foi publicado o 'ranking' das igrejas mais populares da cidade, num artigo da autoria de Bill Sherman.

No estudo publicado e nos últimos dez anos, a "Church On te Move" , com uma liderança pastoral renovada e assente em jovens ministros, continua a ser a maior congregação, com entre 9.000 a 11.000 fiéis, a que se segue a Victory Christian Center (9.612 fiéis) e a Rhema Bible Church, na cidade periférica de Broken Arrow, com 5.500. Todas, igrejas independente carismáticas, o que quer dizer que, não estando submetidas a nenhum ramo das igrejas cristãs, são senhoras das suas decisões, reclamando para si, porém, uma prática convicta, imediata e sensível do cristianismo, através de uma leitura directa do Evangelho.

Nesta lista, tal como há dez anos, contam-se três igrejas católicas, embora as deste estudo não sejam as mesmas do primeiro. O que se nota é crescimento das paróquias católicas de raiz hispânica, devido à missiva imigração mexicana para os Estados Unidos, com um total de 7,000 paroquianos inscritos e frequentadas por muitos outros não inscritos.

Nesta panóplia de templos e denominações, há por exemplo a igreja de Batle Creek, em Broken Arrow, uma congregação da Igreja Baptista Sulista, dedicada a todos aqueles que não estão filiados em nenhuma outra igreja. "Tulsa tem imensas grandes igrejas para as pessoas envolvidas" disse ao "Tulsa World" o pastor Alex Himaya, que lidera a congregação, acrescentando: "Decidimos ser uma igreja para as pessoas desligadas das outras igrejas. Nós dizemos que se você é perfeito, não tem lugar na nossa igreja. Mas se você é imperfeito, podemos ser a igreja perfeita para si".

Nesta lista das paróquias hoje mais populares, consta a curiosa igreja "Lifechurch.tv", ministério baseado em três templos onde, no serviço religioso de todos os domingos, é escutada a mesma mensagem difundida por vídeo em directo.

Por sua vez, a "Guts Church", também independente como a "Lifechurch.tv", tem um ministério informal, com os pastores a pregarem em jeans e botas e com música contemporânea. Uma prática hoje em dia seguida por muitas outras igrejas, como a Igreja de Jenks, da família da Igreja de Cristo.

Como pano de fundo de todas estas igrejas que se reclamam herdeiras do Cristianismo primitivo talvez esteja aquilo que a pastora Sharon Daugherty, tão bem descreveu ao "Tulsa World": "Acredito que estamos aqui para ajudar as pessoas a ligarem-se a Deus e umas às outras. O que, nossos dias, é cada vez mais crítico".

E não será isto o papel das igrejas?